domingo, 30 de maio de 2010

ALESSANDRO e LAUZIMAR 30/05/2010


Alessandro, também chamado de Sandro, está à esquerda na foto. Não é mineiro. Nasceu na região metropolitana de Campinas, em Monte Mór, há 27 anos.
Faz um pouco de tudo na obra e por isso se considera um "meia colher".
Estudou até a 6°série e por enquanto vai continuar trabalhando com construção.
Como todos da equipe de Seu João, é muito atencioso e sempre está disponível para nos dar informaçoes sobre a entrega dos materiais pelos fornecedores.

Lauzimar, tem 19 anos e se considera filho adotivo de Seu João. Na verdade é filho de uma família amiga do chefe lá da cidade de São João da Ponte.
Muito risonho, parece estar de bem com a vida. Também se considera um "meia colher".
Parou de estudar na 7ºsérie, mas pretende voltar e completar os estudos.
Tem um sonho, como todo brasileiro: ganhar na Mega Sena.
Boa sorte, Lauzimar!!

EDNEI e EDMILSON 30/05/2010


Os dois são irmãos e sobrinhos de Seu João. Fazem parte da equipe que trabalha na obra. Como o tio e chefe, nasceram em São João da Ponte, Minas Gerais.

Ednei, à esquerda na foto, tem 21 anos e não terminou a 8º série. Diz que é ajudante "oreia" de pedreiro. Gosta do trabalho de preparar a massa para o irmão fazer o reboco. Há um ano trabalha com construções.

Edmilson, tem 25 anos e já se considera um pedreiro, pois trabalha há 5 anos com obra, sendo capaz de realizar atividades mais complexas. Sempre me pareceu muito focado e dedicado naquilo que está executando.
Contou que parou de estudar na 7º série e que não pretende mudar de profissão.

ADÊMERSON e IGNY 30/05/2010


A foto apresenta os filhos de Seu João. O da esquerda é o Igny e o da direita, o Adêmerson.
Adêmerson, também chamado de Éderson, é o responsável pela obra na ausência do pai, uma espécie de sub-chefe. Embora jovem, tem 25 anos, já se considera um profissional, pois aprendeu tudo que sabe com o pai. Pretende continuar na profissão e quer dedicar-se cada vez mais a esse trabalho.
A princípio nos pareceu uma pessoa fechada, mas com o tempo foi se mostrando risonho e bem humorado. É muito atencioso no trabalho e no controle das entregas dos materiais.

O Igny, nem sempre está na obra, creio que porque ainda frequenta a escola.
Tem 17 anos e sonha em fazer Faculdade de Direito.
Como bom e futuro advogado, está sempre ao lado do pai, auxiliando-o na leitura dos contratos de serviços e dos recibos de pagamentos. Também se interessa pelas plantas da obra apresentadas pelo arquiteto.
Se considera um ajudante de pedreiro.

SEU JOÃO, O CHEFE 30/05/2010


"Pode falar que é o João Brito, de Capuavinha ( bairro de Monte Mór ), é assim que as pessoas me conhecem", diz ele com seu jeito direto e sem rodeios de se comunicar. Aliás um jeito nada mineiro, que contraria suas origens, pois é nascido em São João da Ponte, Minas Gerais.

Pedreiro e carpinteiro por profissão, nos primeiros contatos, o Seu João nos pareceu uma pessoa séria, quase carrancuda. Com o passar do tempo descobrimos que tem um senso de humor refinado.
Inteligente, observador e objetivo logo expõe seu ponto de vista, o que facilita muito o relacionamento entre ele e o arquiteto na resolução dos problemas que surgem durante a obra.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

SEGURANÇA 04/05/2010




Nas nossas conversas com Seu João já tínhamos concordado da necessidade de alugar andaime de ferro no momento de iniciar o reboco da parte externa da casa.

Várias empresas oferecem esse serviço com preços oscilando em até 150% . É preciso pesquisar. Optamos pela CivilSane que já nos loca a betoneira e apresentou o melhor orçamento para a locação de duas torres de 12m cada uma, que foram montadas na obra.
Tábuas de cedrinho com 5m de comprimento foram compradas para servir de piso nos andaimes. O pedreiro explicou que as tábuas de pinho não aguentam o peso dos homens e se rompem, causando graves acidentes.

Visitei uma outra casa em construção no bairro e me assustei com a precariedade dos andaimes de escoras de eucaliptpo, calçados com pedaços de madeira e tijolos. Visivelmente inseguro como mostram as duas últimas fotos em comparação com a primeira foto, dos andaimes de canos de ferro que usamos em nossa obra,

É preciso registrar que os pedreiros, em geral, são indiciplinados quanto aos cuidados com a segurança. Em nossa obra, logo nos primeiros dias demos um capacete para cada um dos trabalhadores, mas acredito que nunca tenham usado. Pelo menos nunca vi.
Não levam a sério esse cuidado, mesmo sabendo que no Brasil as estatísticas indicam um elevadíssimo número de mortes por ano na construção civil.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

CHAPISCO, EMBOÇO e REBOCO 22/04/2010




Agora o trabalho é interno.
Antes de receber o reboco, as paredes são preparadas com uma mistura de cimento, areia grossa e água jogada sobre a parede com uma colher de pedreiro. É o que chamam de chapisco que serve para ajudar a fixar o reboco, impedindo que ele descole da parede.
E saia de perto se não quiser receber os respingos durante a aplicação.
O resultado final aparenta uma aplicação mal feita que cobre parcialmente os blocos cerâmicos.

O emboço, também chamado de massa grossa, deve ter uma espessura de 2,5cm. É uma massa de areia média, cimento e vedalit, que aplicado com colher de pedreiro, tem a função de vedar e nivelar a parede. Ele é colocado sobre o chapisco.

O reboco é uma aplicação mais fina sobre o emboço da mesma mistura de materiais.
Para conseguir que a parede fique lisinha usa-se com muita técnica uma desempenadeira, que é uma barra de madeira ou de alumínio.

E é bonito observar os movimentos circulares no trabalho com a desempenadeira que lembram uma luta marcial do pedreiro samurai contra a parede.