
Assim como OUTEIRO, a palavra OITÃO tem sabor de Portugal, cheiro de Portugal, jeito de Portugal.
Lembro de tê-la conhecido pela leitura de textos literários e de raramente ouví-la pronunciada no dia a dia. Entretanto, nesta etapa da construção do telhado ela é dita e repetida por todos que lá trabalham. É a parede lateral que fecha os vãos do telhado.
Na literatura, ela dá graça aos textos de :
Rubem Braga, na crônica Borboleta Amarela :
"...parei no instante em que a borboleta começava a navegar pelo oitão da Biblioteca Nacional."
Monteiro Lobato, em Urupês:
"Ruíra o oitão e o terreirinho pintalgara-se de moitas de guaxuma..."
"Da casa velha aluíra uma ala, e o restante, além da cumieira selada, tinha o oitão fora de prumo."
Graciliano Ramos, em São Bernardo :
"Neste ponto surgiu-me um contratempo. Uma tarde surprendi no oitão da capela Luís Padilha discursando para Marciano e Casimiro Lopes."